Hoje, serei mais técnico nesta reflexão, recomendada para quem se dedica à gestão empresarial como caminho para o sucesso dos negócios.
Quem já trabalhou comigo ou foi meu aluno sabe o quanto me dedico a estudar conceitos do passado para identificar os mesmos princípios nos métodos em voga nos dias de hoje.
Um desses conceitos é o Balanced Scorecard (BSC), publicado em 1992 pelos professores Kaplan e Norton na Harvard Business Review, no artigo intitulado “The Balanced Scorecard that Drives Performance“. Sei que muitos dirão que essa abordagem é antiquada e agora o que funciona são os OKRs. Por isso, questiono se a maioria dos gestores — até mesmo os que ainda utilizam o BSC — desconhecem sua evolução. Vejamos:
📄 1996: Kaplan e Norton publicam dois artigos na Harvard Business Review, intitulados “Using the Balanced Scorecard as a Strategic Management System” e “Managing Business Strategy”. Esses artigos marcaram a transição do BSC, que deixou de ser apenas um sistema de avaliação de desempenho e passou a ser um sistema de gestão estratégica.
📄 2001: Publicam o livro “Organização Orientada para a Estratégia“, onde definem os pilares do novo arcabouço de gestão estratégica que estava sendo proposto:
- Mobilizar a mudança por meio da liderança executiva (base dos trabalhos anteriores).
- Traduzir a estratégia em termos operacionais (desenvolvido no livro Mapas Estratégicos, 2003).
- Alinhar a organização com a estratégia (abordado no livro Alinhamento, 2006).
- Motivar para transformar a estratégia em tarefa de todos (também presente no livro Alinhamento).
- Gerenciar para converter a estratégia em um processo contínuo (desenvolvido no livro A Execução Premium, 2008).
Agora, você sabe o que me chamou atenção? As abordagens de Business Agility mais consistentes também tratam desses mesmos aspectos. É o caso do Framework for Business Agility, do Agile Business Consortium. Já no caso do Business Agility Institute, que defende que a Business Agility é o modus operandi das empresas de destaque na nova economia digital, arrisco dizer que os pilares de gestão estratégica propostos por Kaplan e Norton em 2001 se conectam perfeitamente à Business Agility — desde que a cultura organizacional esteja fundamentada em princípios Lean, Ágeis e Exponenciais.
Fico muito feliz em perceber essa conexão, pois o coração do nosso Framework for Agile Business Ownership™ é o Modelo de Gestão Evolucionária, o componente central que cadencia a evolução organizacional. Estruturado com base nos elementos do Agile Business Consortium, ele remete diretamente aos pilares de gestão estratégica concebidos por Kaplan e Norton, evidenciando como fundamentos atemporais podem ser reinterpretados para atender às demandas da nova economia digital.
Você sabia disso? Que lições podemos aprender com os ensinamentos do passado para tornar a nossa jornada de evolução organizacional mais efetiva?
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