Nos conceitos básicos da agilidade, seja de software ou negócios, estão principalmente as capacidades de ação e adaptação. A capacidade de adaptação se desenrola em duas capacidades corolárias.
Capacidade de Adaptação 1
A capacidade de sentir como as coisas estão se comportando. Como os usuários estão utilizando um software que lançamos no mercado? Estão agindo como previmos que iria acontecer? Estamos tendo o uso que esperaríamos ter?
Capacidade de Adaptação 2
A capacidade de reagir ou responder aos estímulos que capturamos anteriormente. Dado que estamos tendo um resultado X, que perguntas ou hipóteses precisamos responder para que agora cheguemos no resultado Y, que era nosso resultado esperado.
A capacidade de ação por sua vez é o motor que deve fazer essa roda girar sem parar, num fluxo contínuo. Não apenas criando as hipóteses, mas também colocando-as à prova, nos colocando novamente no momento de sentir.
É justamente essa capacidade de ação que eu senti falta em muitas das empresas que trabalhei no passado. Parece que faltava um interesse genuíno de que as coisas acontecessem na velocidade que poderiam acontecer. Mas agora, empurradas pela tecnologia e com risco de disrupção iminentes em diversos setores da economia, essas empresas foram colocadas à beira do abismo.
“Nem o empreendedorismo nem a inovação disruptiva são novidades. A novidade é o aumento drástico no poder da tecnologia e o declínio correspondente no custo.”
Jeff Gothelf, Josh Seiden no livro Sense & Respond
A tecnologia está obrigando as empresas a inovarem, mesmo em áreas muito tradicionais, como as áreas financeira e contábil. Mas isso também não deveria ser uma novidade. O livro Beyond Budgeting, de 2003, já falava sobre a aplicação de conceitos ágeis aplicados ao planejamento financeiro.
Dado que o conhecimento está totalmente disponível e abundante, então por que ainda falta tanto nas empresas essa capacidade de ação?
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