Mitos e verdades sobre Business Agility

Tema do 15º encontro da Comunidade de Prática de Agile Business Owners Brasil veio de uma provocação de um profissional que admiramos muito, Ari Amaral, um entusiasta do conhecimento sobre Agilidade de Negócios como nós, que usou o Linkedin para balançar a comunidade ágil.

Na ocasião, Ari fez 3 perguntas que serviram como combustível, reagindo com a visão crítica de diversos profissionais que, como ele, observam muita inconsistência no mercado sobre o que de fato é Business Agility:

O que é e qual a melhor definição do termo Business Agility para vocês? Que tipos de contexto ele tende a funcionar melhor? Que disfunções vocês percebem no mercado?

Ari Amaral

Essa provocação do Ari movimentou a comunidade que trabalha, estuda e busca levar adiante os valores por trás da expressão Business Agility, que ganhou uma grande popularidade nos últimos anos.

Da mesma forma que Erick Dove em 1997 descreveu agilidade como uma palavra muito sedutora e que evocava confusão com definições imediatas e pessoais, Business Agility parece seguir pelo mesmo caminho.

Para tentarmos esclarecer os mitos e reforçar as verdades sobre o tema, convidamos 6 especialistas para estarem conosco no dia 06 de novembro de 2021 e trazerem as suas visões sobre Agilidade de Negócios.

Business Agility na ótica dos especialistas

O primeiro a colocar em evidência seu ponto de vista foi Fabrício Laguna, Presidente do IIBA Brasil (International Institute of Business Analysis). Nos seus 5 minutos de discurso, trouxe uma visão sobre sobrevivência e flexibilidade. Fez até uma brincadeira, afirmando que “quando o dinossauro grande tentou devorar o dinossauro pequeno e este escapou, ele demonstrou ter mais agilidade que o grande”. Por essa razão, agilidade para ele é uma habilidade, que traduzida para o contexto de negócios, faz com que empresas consigam se distanciar dos concorrentes, tendo movimentos mais rápidos em sua cadeia de valor.

Rogério Roberto, SAFe Program Consultant da Hiflex, veio em seguida com um olhar complementar. Rogério resgatou a questão de implementação da Agilidade de Negócios, tendo como pano de fundo para seu discurso as bases do SAFe (Scaled Agile Framework®), que é um dos mais populares frameworks para “escalar a agilidade” nas organizações. O ponto central trazido pelo Rogério foi o ganho que uma efetiva jornada de Agilidade de Negócios pode representar na entrega de valor aos clientes de uma empresa, escolhendo bem os passos a serem dados e sempre guiados por uma oportunidade de mercado.

Logo em seguida, Tatiana Feitosa, Líder do Business Agility Institute Brazil, chegou desmascarando um grande mito, e afirmou que “agilidade de negócios não é transportar práticas ágeis de desenvolvimento de software para todo o negócio”. Isso porque, o contexto é diferente, é muito mais complexo que os ambientes de TI. Partir desse mito como uma verdade é admitir que podemos impor uma solução de forma antecipada para um problema de negócio que muda constantemente. Além de muito arriscado, pode gerar uma grande frustração para todas as partes envolvidas.

Rafael Prikladnicki, Professor e Pesquisador da PUCRS, usa das palavras de Stephen Denning escritas no livro A Era da Agilidade, para dizer que este é um tema que deve circular e ter o respaldo da alta gestão das empresas. Prikladnicki também referenciou Denning quando falou que Agilidade é uma mentalidade antes de ser uma habilidade. Mas o ponto mais importante na visão do professor e pesquisador, é a necessidade de Agilidade de Negócios falar de fato das necessidades e perspectivas de negócio, o que parece ser deixado de lado por empresas e até mesmo algumas consultorias. A atenção está na inovação criadora de mercado e não apenas se adaptar a ele.

Ari Amaral, Agile Expert na Iteris Consultoria, o grande provocador que motivou esse encontro, inicia sua fala afirmando que Business Agility é feita de talentos. Uma organização ágil precisa saber contratar e dar condições necessárias para desenvolver as competências necessárias para que as pessoas contribuam para a melhoria de resultados de negócio. Na visão de Ari, talento é algo que as pessoas possuem naturalmente. Logo, as empresas funcionam como catalisadoras desses talentos, fomentando a colaboração para se chegar a um cenário futuro desejado.

Encerrando o momento das pílulas de conteúdo, Luiz C. Parzianello, CEO da SURYA | Business Agility Getting Real trouxe a visão amplificada da Agilidade de Negócios para o que ele chamou de 5 Competências Essenciais que precisam ser desenvolvidas nos líderes de negócio. A primeira competência que Parzianello traz é a Liderança precisa ser evolucionária e os líderes devem ser sonhadores, realistas e críticos ao mesmo tempo. Para assim, trazer luz aos demais elementos que são Estratégia, Portfólio de Iniciativas e Governança, 3 elementos que ele chamou de estrutura da mudança, para que se garanta o sucesso da última competência: Execução Evolutiva.

Participe do debate, traga também a sua visão sobre o tema

E os debates seguiram com a participação do público que acompanhava o encontro. Inspirados por todo esse conteúdo seguiram com o nível muito alto. Por isso convido você a assistir na íntegra o encontro e deixo aqui a grande pergunta que ficou: Como exponencializar o desenvolvimento de líderes de negócios com essa visão sobre Business Agility?

Você também pode ensaiar a reflexão em nossos Fóruns de Discussão e assistir à todas as edições anteriores da Comunidade de Prática, tornando-se membro da ABO Academy. A inscrição é rápida, gratuita e segura.

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