Insights que conectam

Insights que conectam

Estamos rodeados por um mar de informações. Ou melhor, um oceano (ou vários). São tantas possibilidades, como conversas, pesquisas, dados sendo gerados que chegamos ao ponto da infoxicação e do FOMO (fear of missing out).

Ou seja, aquela sensação de estar sempre perdendo algo ou por fora de tudo que está rolando por aí. Assim como, perdido e sobrecarregado de informações, as quais não conseguimos processar cognitivamente e emocionalmente.

Por isso, o desafio hoje é a tal da curadoria de conteúdos: o que realmente é relevante? Indo além, o que conecta? Ou seja, não basta ter a informação bruta, precisamos transformá-la em algo, dar uma nova roupagem a partir de conexões que até então não tinham sido feitas.

Essas conexões em um primeiro momento até podem parecer “viajadas”, mas nosso poder de imaginar é que gera insights de fato. E de novo: não são perspectivas estanques e diretas, mas fruto dos seus contextos, com dinamismo, adaptação e, gerando novos olhares.


A partir de tudo isso, criamos nossa nova série de conteúdos: insights que conectam!

Vivemos em um todo integrado

Não é à toa que o cérebro humano tem como característica a neuroplasticidade: capacidade de se adaptar e mudar ao longo da vida. 

Assim, é a habilidade do sistema nervoso de reorganizar sua estrutura, conexões sinápticas e funções em resposta a estímulos ambientais, experiências, aprendizado e lesões. Sim, nós podemos mudar, aprender, nos reorganizar e transformar.

Uma das possibilidades é fazer novas conexões, buscando interfaces entre assuntos que em um primeiro momento podem parecer dissociados e/ou distantes.

Mas, como o pensamento sistêmico nos ensina: é necessário uma nova compreensão da vida, a partir da mudança de paradigma de uma visão mecanicista para uma ecológica, em todos os níveis dos sistemas vivos (organismos, sistemas sociais e ecossistemas). 

Dessa forma, significa conceber que o mundo não é uma coleção de partes dissociadas, mas como um todo integrado e reconhecer a interdependência fundamental de todos os fenômenos.

Nesse sentido, mencionamos o Rohit Bhargava e o pensamento não óbvio (tem livro com o mesmo título) que nos encoraja a ver o cenário/aspecto/quadro no geral. 

Além disso, Bhargava entende como seu desafio a busca por encontrar algo que seja um insight para todos e não somente para ele/indivíduo. 

Apesar disso, também queremos relembrar que cada pessoa tem suas percepções e lentes, portanto, acaba gerando insights que se conectam de formas diferentes. 

Logo, nosso propósito está em promover pontapés, gatilhos, pontos de partida, faíscas (acrescente aqui outra palavra que fizer sentido para você) em prol de novas interfaces, perspectivas, associações.

Ah, e não vamos nos prender a um único formato: estamos experimentando como a própria curadoria e produção de insights reverbera em nós e nos nossos conhecimentos. 

Por isso, você vai encontrar conteúdos aqui no blog, nas mídias sociais, newsletters e até onde nossa imaginação e insights possibilitarem.

Para iniciar: nascente de ideias

Agora, para iniciar essa caminhada que para nós não tem ponto de chegada, vamos escrever sobre alguns exemplos para que você comece a fazer novas relações.

Ou seja, assuntos variados que podem ser conectados com o seu contexto profissional, acadêmico e pessoal. Tente fazer esse exercício, mesmo que inicial: de que forma posso relacionar esses assuntos com a minha vida? Que outros assuntos se relacionam com essas temáticas?

Sim, vamos propor diversos questionamentos. Então, não são exatamente as respostas que você vai encontrar.

Talvez, de início, não ocorram super ideias. Porém, não tem problema: gerar insights e compreender assuntos não é algo óbvio, direto e rápido. É preciso tempo para “decantar” o conhecimento. Vem conosco? 

E depois nos conta se você conseguiu fazer novas relações com os insights que conectam!

Seja um neófilo

de newsletter que assinamos e o termo pareceu interessante.

Segundo o Dicionário Online de Português, neofilismo é o “apreço intenso pelo que é novo; tendência para gostar de novidades, de ideologias incomuns; geralmente, refere-se às expressões artísticas que apresentam novidades; neofilia”. 

Neofilia, por sua vez, é “Simpatizante de novas coisas; que possui tendência para gostar de novidades”.

Consequentemente, neófilo é aquele “que demonstra ou apresenta neofilia; que simpatiza ou segue o novo”.

Ou seja, busque ser uma pessoa que tem interesse pelo novo, seja qual for a esfera. Seja curioso, inquieto e explore o mundo. 

Não no sentido de exploração, mas no de descobrir as diversas possibilidades que os contextos e situações oferecem. Assim, entendemos que para isso, é necessário ter pensamento e postura neofilista, com mudança de mentalidade e ação perante o mundo.

Sociedade do desempenho e da transparência

As teorias e livros de Byung-Chul Han se expandiram bastante e observamos diversos estudiosos falando sobre, assim como profissionais e produtores de conteúdo. 

Em especial, devido à maneira dura e direta de tratar temas da atualidade, bem como desvelar o que nos acomete hoje como seres humanos. É difícil não se identificar com o que o autor descreve.

Sociedade paliativa, do desempenho, do cansaço, da transparência, da exposição. Essas são algumas características que Han destaca. 

Para o autor, caminhamos no sentido da sociedade da exposição, na qual coisas perdem seu valor cultural em favor do valor expositivo.

Nesse cenário, liberdade e coação estão no mesmo nível e os sujeitos se auto exploram. Logo, temos dificuldade em distinguir agressor e vítima.

A transparência está presente por todo lado, tornando-se um fetiche e algo totalizante. Assim, ações se tornam transparentes quando subordinadas a processos passíveis de cálculo, governo e controle, isto é, quando se transformam em operacionais.

A transformação do mundo em dados o torna mais transparente. Como efeito, os algoritmos e a inteligência artificial tornam transparente o comportamento humano, o que significa dizer que é controlável e calculável. 

Princípio de Pareto

Também conhecido como a regra 80/20, é uma observação empírica: afirma que, em muitos casos, cerca de 80% dos efeitos são resultado de aproximadamente 20% das causas. 

Essa proporção pode variar, mas a ideia geral é que uma minoria das causas é responsável pela maioria dos resultados.

Assim, o princípio foi nomeado em homenagem a Vilfredo Pareto, um economista italiano que observou pela primeira vez essa distribuição desigual de riqueza na sociedade, onde aproximadamente 20% das pessoas possuíam 80% da riqueza.

A partir disso, pode ser aplicado em diversas áreas, extrapolando a economia. Por exemplo, na gestão de projetos, o princípio sugere que cerca de 20% das atividades são responsáveis por 80% dos resultados. 

Contudo, é uma simplificação e não se aplica a todas as situações, bem como a proporção pode variar e não ser exata. Logo, a proposta principal na verdade é a importância de identificar áreas críticas que são primordiais em termos impacto nos resultados gerais.

Tem/teve algum insight que conecta por aí? Vamos conversar e pensar em formas de disseminar essas reflexões e conteúdos!

Co-Fundador da ABO Academy, sócio e head de Consultoria na  SURYA | Business Agility Getting Real (2001), uma empresa de consultoria e educação executiva, referência em Agilidade de Negócios no Brasil, que desenvolve programas de aceleração de resultados baseados nas abordagens Lean, Ágil e Exponencial (ExO).

Formado em Publicidade e Propaganda, especialista em Marketing Estratégico e Mestrando em Ciência da Computação, atua como palestrante, mentor e consultor em projetos de agilidade de negócios e transformação digital de empresas.

Sou um incentivador, estudioso e disseminador dos princípios e valores presentes no papel do Agile Business Owner. Um modelo de liderança para a nova economia digital, que unifica o que há de melhor dos pensamentos Lean, Ágil e Exponencial e torna líderes de negócio agentes inspiradores e catalisadores de mudanças organizacionais.

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