O problema não está em aprender, desaprender e reaprender.
O problema está em quem nunca aprendeu direito! 💡
Certa vez, Alvin Toffler me disse ao pé do ouvido:
“Parzianello, o analfabeto do século 21 não será aquele que não consegue ler e escrever, mas aquele que não consegue aprender, desaprender e reaprender.”
Brincadeira! Nunca falei com Toffler. Mas aposto que você já leu essa frase dezenas de vezes nos mais diferentes lugares (em especial, no Linkedin). Mas você já parou para pensar no impacto que esse pensamento pode ter em ambientes onde metodologias se tornam dogmas? Um exemplo? A Agilidade.
Há mais de 22 anos pratico o pensamento ágil. No início, meu foco era no desenvolvimento de software, passando pela melhoria de processos, produtos e desenvolvimento de times. Treinei milhares de profissionais na primeira década em Agile Business Analysis, mergulhando de cabeça em métodos e frameworks para aprimorar o famoso “upstream” no desenvolvimento de produtos.
Mas em 2011, quando comecei a atuar diretamente com a alta gestão de grandes empresas, percebi algo alarmante: a forma como a agilidade era (e ainda é) aplicada nas organizações limita sua real capacidade transformadora.
Em 2018, dei um passo além: comecei a reaprender a agilidade pelo viés estratégico, olhando para a governança, a gestão do portfólio de programas estratégicos e, principalmente, para o desenvolvimento de líderes executivos que precisavam pensar a agilidade sem se apegar a métodos e frameworks. Foi então que iniciei minha jornada rumo à Agile Business Ownership, uma abordagem para desenvolver a Business Agility nas organizações a partir da alta gestão (Business Owners).
E sabe o que acontece quando você faz isso?
Muita gente olha com desconfiança.
Afinal, como assim acelerar o crescimento de um negócio sem partir direto para a melhoria da operação, dos times e processos? Como assim não usar os frameworks ágeis tradicionais chancelados por inúmeras certificações?
Pois é … O maior problema surge quando quem decide sobre iniciativas estratégicas tem uma visão operacional e distorcida do que a agilidade pode e deve entregar para um negócio. Poucos realmente desaprenderam e reaprenderam a agilidade pela perspectiva estratégica do negócio.
Você já passou por isso? Viu acontecer?
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