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AS PRÁTICAS DA AGILE BUSINESS OWNERSHIP

Modelo de Gestão Evolucionária

The ABO Framework | Provided by ABO Academy

“Nossas práticas de gestão impulsionam a evolução organizacional por meio de um modelo
contínuo de descoberta, entrega e geração de valor para todas as partes interessadas."

Introdução

O Modelo de Gestão Evolucionária do Framework for Agile Business Ownership organiza e integra as práticas de gestão necessárias para transformar a Agilidade de Negócios em uma realidade concreta, pragmática e sustentável dentro das organizações.

Inspirado no Pensamento Evolucionário, esse modelo reconhece que estratégia e operação devem evoluir continuamente em resposta às mudanças do contexto e às necessidades do ecossistema. Essa evolução acontece por meio da articulação prática dos Valores Evolucionários, do Fluxo Evolucionário e dos Princípios Evolucionários do framework, manifestando-se em um sistema de gestão adaptativo, com práticas bem definidas, interdependentes e aplicáveis no cotidiano corporativo.

Mais do que uma estrutura de execução, a Gestão Evolucionária atua como o sistema de sustentação da cultura de evolução contínua. Representa o elo central da Cadeia de Influência Evolucionária: a liderança orienta, a gestão viabiliza e a cultura sustenta. Ou seja, a transformação organizacional depende diretamente da capacidade de desenhar, operar e evoluir um sistema de gestão coerente com os princípios da agilidade e os objetivos estratégicos do negócio.

O grande desafio que buscamos superar é este: como tornar a Agilidade de Negócios mais do que um ideal inspirador? Como estruturá-la na realidade da gestão organizacional, indo além de mudanças culturais lentas ou iniciativas isoladas de equipes ágeis?

A resposta foi construída ao longo de uma jornada metodológica, que teve como ponto de partida uma das abordagens mais completas do mercado: o Framework for Business Agility, do Agile Business Consortium. A partir dele, desenvolvemos uma releitura crítica orientada por três grandes premissas:

  • Reconectar o negócio com a sua própria essência: gerar valor para todas as partes interessadas;
  • Colocar o negócio no centro da estratégia: acelerar o crescimento de forma sustentável;
  • Tornar os líderes do negócio os verdadeiros catalisadores da transformação: evoluir o sistema organizacional com protagonismo e clareza.

Essa releitura nos levou à criação do Modelo de Gestão Evolucionária, que representa não apenas uma nova forma de organizar a gestão, mas um caminho concreto para implementar o pensamento estratégico em ação evolutiva.

Nas seções seguintes, você conhecerá esse modelo em profundidade, a partir de 14 premissas fundamentais, que sustentam as práticas distribuídas em três eixos práticos: Geração de Valor, Descoberta de Valor e Entrega de Valor. Juntos, esses eixos formam um sistema integrado para viabilizar a gestão estratégica, ambidestra e orientada à geração de valor real e contínuo.

Os Motores da Geração de Valor

O Modelo de Gestão Evolucionária traduz, na prática, as premissas do Pensamento Evolucionário, estruturando a gestão como um sistema coerente, adaptativo e orientado à geração de valor contínuo para todo o ecossistema organizacional — incluindo clientes, colaboradores, investidores, parceiros, comunidades, governo, academia, meio ambiente e demais partes interessadas.

Nesse modelo, a organização não existe apenas para entregar produtos ou cumprir metas financeiras, mas para exercer um papel transformador, promovendo impacto positivo de forma sustentável. Esse é o propósito estruturante da gestão evolucionária: alinhar estratégia e operação a um compromisso sistêmico com o valor gerado para todas as partes interessadas.

Para viabilizar essa geração de valor, o modelo opera com base em dois grandes motores interdependentes:

1) O Motor de Descoberta de Valor

Responsável pela Gestão Estratégica da organização, este motor estrutura o ciclo contínuo de aprendizado estratégico: da concepção dos direcionadores e do estado futuro desejado até o monitoramento da execução e a revisão contínua da estratégia. Ele se apoia em uma governança corporativa ativa, que garante o alinhamento entre propósito, decisão e ação, e em uma gestão de portfólio que conecta os programas estratégicos à evolução organizacional.

2) O Motor de Entrega de Valor

Responsável pela Gestão Ambidestra, este motor coloca a estratégia em ação, equilibrando os esforços entre sustentar e crescer o negócio (Run the Business) e inovar e transformar a organização (Change the Business). Sua força está na média gestão, especialmente nos líderes de programas estratégicos, que atuam como os principais articuladores da execução com foco, disciplina e propósito.

Esses dois motores não apenas se complementam — eles são codependentes. É da relação viva entre estratégia e execução que emerge a coerência do sistema organizacional, sustentando a geração de valor real, sustentável e multistakeholder. Juntos, operam em ciclos dinâmicos de aprendizado, decisão e ação, garantindo que a organização se adapte continuamente, gere impacto positivo e construa seu futuro de forma consciente e estratégica.

A seguir, apresentamos a representação gráfica do modelo, acompanhada de uma explicação sobre sua origem e a lógica por trás de sua construção.

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A Origem do Modelo

Muitas abordagens de Business Agility disponíveis no mercado partem de perspectivas específicas que, embora válidas em seus contextos, tratam apenas fragmentos dos desafios organizacionais. Algumas se concentram no desenvolvimento e entrega ágil de produtos; outras tentam aplicar o pensamento ágil em áreas fora da tecnologia, mas sem oferecer um modelo de gestão coerente com a estratégia do negócio. Também há quem valorize a liderança adaptativa, mas sem estabelecer uma conexão clara com a execução da estratégia ou com o sistema de gestão da organização.

Diante dessa fragmentação, a ABO Academy buscou identificar modelos que servissem como base sólida para estruturar práticas de gestão orientadas à Agilidade de Negócios de forma sistêmica — integrando propósito, estratégia, portfólio e operação em um processo evolutivo e coerente.

Foi nesse caminho que encontramos no Framework for Business Agility, desenvolvido pelo Agile Business Consortium, uma das abordagens mais abrangentes e conectadas com o nível estratégico da organização. Sua proposta de articular liderança, cultura, estratégia e operação a partir da lógica da geração de valor nos ofereceu o ponto de partida ideal para realizar uma releitura crítica, prática e aplicada à realidade da gestão organizacional.

Essa releitura — como vimos nas seções anteriores — deu origem ao Modelo de Gestão Evolucionária do Framework for Agile Business Ownership: uma estrutura prática que traduz o pensamento evolucionário em ação organizacional por meio de premissas claras, articuladas nos eixos de Geração, Descoberta e Entrega de Valor. É essa estrutura que permite transformar a Agilidade de Negócios em um sistema real de gestão e evolução organizacional.

Introdução ao Framework for Business Agility

O Agile Business Consortium é uma das organizações mais respeitadas e pioneiras no movimento ágil. Fundado no início dos anos 1990 como DSDM Consortium (Dynamic Systems Development Method), teve papel importante na consolidação do pensamento ágil, incluindo sua contribuição para o Manifesto Ágil em 2001. Ao longo das décadas, evoluiu de uma abordagem centrada em tecnologia para uma visão mais ampla, voltada à gestão organizacional e à agilidade nos negócios.

Fruto dessa trajetória, o Framework for Business Agility foi criado para apoiar organizações que buscam prosperar em contextos cada vez mais voláteis, incertos, complexos e ambíguos (VUCA). Desenvolvido com base em experiências práticas e múltiplas contribuições globais, ele oferece uma estrutura abrangente que conecta liderança, cultura, estratégia e operação a partir da perspectiva de valor.

Mais do que um repositório de boas práticas, esse framework representa uma nova forma de compreender e organizar a dinâmica empresarial — colocando as pessoas no centro, alinhando intenção estratégica com execução, e promovendo ciclos contínuos de experimentação, aprendizado e entrega de valor com impacto positivo.

Foi a partir dessa base conceitual que desenvolvemos uma releitura prática e aplicada à realidade das organizações brasileiras, originando o Modelo de Gestão Evolucionária do Framework for Agile Business Ownership, que será apresentado mais adiante.

A Lógica Estrutural do Framework for Business Agility

O Framework for Business Agility é representado por um modelo de anéis concêntricos, que ilustram como a agilidade deve permear todos os níveis da organização de forma integrada, evolutiva e sistêmica.

Framework for Business Agility

No centro do modelo estão três elementos essenciais que habilitam a agilidade organizacional: Cultura, Liderança e Governança. Esses pilares sustentam os comportamentos, decisões e valores da organização — sendo a base sobre a qual a agilidade é construída e mantida ao longo do tempo.

A partir desse núcleo, o modelo se expande em três camadas interdependentes, que traduzem a dinâmica operacional e estratégica da organização:

1) Capacidades Funcionais: Representam a capacidade da organização de operar, transformar (change) e suportar seu funcionamento. Essas funções expressam o que a organização faz para manter, adaptar e evoluir sua operação em um ambiente em constante transformação.

2) Faixa Estratégica (Strategy Band): Essa faixa conecta e orienta as ações funcionais, assegurando que todas as iniciativas de operação e transformação estejam estrategicamente alinhadas à geração de valor. Estratégia, nesse modelo, não é apenas planejamento — é o elo vivo entre propósito, execução e aprendizado contínuo.

3) Stakeholders e Ecossistema: A camada mais externa representa para quem a organização gera valor: colaboradores, líderes, clientes, parceiros, sociedade, meio ambiente e demais partes interessadas. Essa dimensão reforça o princípio de que uma organização ágil é orientada por propósito e comprometida com impacto positivo em todo o ecossistema.

Essa estrutura deixa claro que a Agilidade de Negócios não se restringe a práticas operacionais ou iniciativas localizadas. Ela deve ser habilitada pela cultura e pela liderança, estruturada por capacidades funcionais e estratégicas, e realimentada continuamente pelas necessidades e aspirações do ecossistema organizacional.

Os Elementos do Framework for Business Agility

Apresentamos os 10 elementos do Framework for Business Agility com definições elaboradas a partir das descrições existentes no site do Agile Business Consortium:

1. Cultura (Culture): A cultura organizacional reflete a personalidade da organização. Uma cultura ágil promove comportamentos e valores que favorecem a inovação, a flexibilidade, o aprendizado contínuo e o engajamento com propósito. Ela valoriza a autonomia, a maestria e o propósito como pilares da motivação intrínseca.

2. Liderança (Leadership): A liderança ágil sustenta a evolução organizacional ao desenvolver líderes em todos os níveis. Mais do que ocupar cargos de poder, liderar com agilidade exige consciência, competência e compromisso com o propósito compartilhado. A liderança ágil é colaborativa, comunicativa e orientada ao desenvolvimento das pessoas.

3. Governança (Governance): A governança ágil adota uma abordagem leve e flexível para tomada de decisão, promovendo a autonomia com responsabilidade. Garante alinhamento entre propósito, valor e risco, com base em princípios como transparência radical, julgamento informado, responsividade colaborativa e accountability distribuída.

4. Operar (Operate): A agilidade operacional representa a capacidade da organização de responder rapidamente às demandas cotidianas de clientes, pessoas e ecossistema. Essa agilidade garante eficiência, valor e adaptabilidade contínua no dia a dia do negócio.

5. Mudar (Change): A agilidade na mudança refere-se à capacidade de realizar transformações relevantes no negócio — seja para adaptar-se a novas regulações, lançar produtos, explorar mercados ou reinventar a forma como a organização entrega valor. Grandes mudanças devem ser conduzidas de maneira incremental, integrando-se ao fluxo operacional e evitando disrupções prejudiciais.

6. Suportar (Support): A agilidade nos processos de suporte — como finanças, RH, compras, marketing e infraestrutura — permite que a organização atue com fluidez, remove barreiras e viabiliza a entrega de valor. Essas funções devem ser flexíveis, colaborativas e centradas nas pessoas, evitando rigidez excessiva que comprometa a adaptação e a inovação.

7. Estratégia (Strategy): A estratégia ágil conecta as operações, mudanças e suportes à entrega contínua de valor. Mais do que um plano fixo, é um fluxo contínuo de definição, realização, medição e adaptação. A estratégia orienta a tomada de decisão em todos os níveis da organização, com base em objetivos compartilhados e aprendizado em tempo real.

8. Cliente (Customer): A agilidade orientada ao cliente exige que toda a organização conheça profundamente seu público, compreenda seu “porquê” e antecipe suas necessidades. Entregar valor real e contínuo ao cliente deve ser o motor primário da estratégia organizacional — inclusive no setor público, onde o cidadão é o cliente central.

9. Ecossistema (Ecosystem): Nenhuma organização existe isoladamente. A agilidade no ecossistema envolve colaboração com reguladores, parceiros, fornecedores, comunidades e com o meio ambiente. Uma organização ágil compreende seu papel nesses sistemas e busca gerar impacto positivo além de seus próprios limites.

10. Pessoas (People): As pessoas são o núcleo de uma organização ágil. Confiar, desenvolver e engajar talentos por meio de propósito, segurança psicológica e diversidade é essencial para que o negócio prospere. Pessoas aprendem e se adaptam mais rápido que sistemas — por isso, cultivar ambientes de aprendizado, bem-estar e pertencimento é condição para a resiliência organizacional.

A Releitura do Framework for Business Agility

O Framework for Business Agility, desenvolvido pelo Agile Business Consortium, é uma das referências mais sólidas e abrangentes na tradução dos princípios ágeis para a gestão organizacional. Seu valor reside na proposta de integrar cultura, liderança, governança, operação, mudança e suporte em torno da Geração de Valor — tudo isso articulado por uma estratégia viva, capaz de sustentar o negócio em contextos voláteis, incertos, complexos e ambíguos.

Desde o primeiro contato com esse modelo, identificamos uma profunda convergência com os fundamentos da Agile Business Ownership, especialmente no esforço de tornar a Agilidade de Negócios uma prática concreta de gestão e liderança, partindo da alta direção. Essa afinidade nos inspirou a conduzir uma releitura crítica e orientada à prática do modelo original, à luz do nosso método de transformação organizacional guiado pelo pensamento evolucionário.

Com essa lente, iniciamos um processo de reorganização conceitual que manteve os elementos essenciais do framework, mas reestruturou sua lógica visual e hierárquica para fortalecer sua aplicabilidade na execução estratégica real.

O primeiro passo foi reconectar o negócio à sua própria razão de existir: gerar valor para todas as partes interessadas. Assim, reposicionamos os elementos Clientes, Pessoas e Ecossistema no centro do modelo, deixando claro que a Geração de Valor é a finalidade da organização e o principal alvo de sua estratégia.

Na camada seguinte, estruturamos a Entrega de Valor por meio de uma gestão ambidestra, que equilibra dois motores essenciais: Operar o Negócio (run the business), com eficiência e consistência, e Mudar o Negócio (change the business), com inovação e adaptabilidade. No modelo da Agile Business Ownership, a função de Suporte, presente no framework original, foi integrada à ambidestria como uma questão estrutural — e não como um elemento separado. Tratamos o suporte como a base que sustenta e conecta os dois braços da ambidestria, representada pelos centros de competência (as áreas da organização) que viabilizam tanto a operação quanto a mudança. Em vez de criar um “terceiro braço”, projetamos uma arquitetura organizacional robusta, onde as verticais de negócio são ambidestras e o suporte é o esqueleto que garante sua sustentabilidade e fluidez.

Entendemos também que a Descoberta de Valor depende de uma gestão estratégica robusta e coerente. Inspirados no anel de “Strategy” do modelo original, organizamos essa dimensão com três capacidades fundamentais: Governança, Estratégia e Portfólio, responsáveis por alinhar visão, direcionamento e execução em um processo contínuo de evolução.

Na camada mais externa, introduzimos a tríade Liderança, Gestão e Cultura, refletindo um princípio basilar da Agile Business Ownership: a cultura é consequência da gestão praticada, e esta é moldada pelas lideranças. Esta camada representa a Cadeia de Influência Evolucionária que sustenta todo o modelo.

Essa releitura foi representada visualmente na imagem a seguir e expressa o que hoje chamamos de Modelo de Gestão Evolucionária da Agile Business Ownership — uma tradução prática e coerente dos princípios da Business Agility, desenvolvida para orientar organizações em sua jornada real de transformação.

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A Gênese do Modelo de Gestão Evolucionária

A partir de uma releitura crítica do Framework for Business Agility, estruturamos o que hoje chamamos de Modelo de Gestão Evolucionária da Agile Business Ownership. A imagem a seguir sintetiza essa transição e evidencia como reorganizamos os elementos centrais do modelo original com base em uma nova lógica de geração de valor organizacional.

Essa nova composição demonstrou-se mais intuitiva, aplicável e poderosa na prática — especialmente para líderes e equipes da alta e média gestão. Ela preserva os conceitos fundamentais do framework original, sem recorrer a jargões ou termos excessivamente técnicos, o que a torna mais acessível e efetiva no mundo real.

Afinal, é inquestionável que:

  • Todo negócio existe para gerar valor para todas as partes interessadas.

  • A geração de valor exige uma Gestão Ambidestra eficaz, capaz de equilibrar a operação do negócio (run the business) com sua transformação contínua (change the business).

A verdadeira inovação, no entanto, está na compreensão de que:

A Gestão Estratégica precisa ser mais colaborativa, visionária, pragmática e crítica — articulada por uma Governança Corporativa consciente e concretizada pela Gestão do Portfólio de Programas Estratégicos.

É nesse contexto que propomos o macroprocesso de Gestão Evolucionária, capaz de integrar essas capacidades organizacionais e sustentar a Agilidade de Negócios como uma prática real, contínua e integrada à gestão.

Observe no diagrama que posicionamos à direita o verdadeiro propósito da Agilidade de Negócios: a Geração de Valor para todas as partes interessadas. Esse é o ponto de chegada do sistema organizacional — o impacto positivo que a organização busca gerar em seu ecossistema.

O modelo é estruturado em um fluxo contínuo, que avança da esquerda para a direita, evidenciando dois motores centrais da gestão organizacional:

  • Gestão Estratégica: atua comomotor de descoberta de valor, responsável por um ciclo contínuo de concepção, design, implementação e demonstração da entrega do valor que a organização pretende gerar às partes interessadas.

  • Gestão Ambidestra: atua como motor de entrega de valor, responsável pelo fluxo contínuo de análise, planejamento, execução, controle e aprendizado diante do valor real entregue às partes interessadas.

Esses dois motores não apenas se complementam — são codependentes. É da relação viva entre estratégia e execução que emerge a coerência do sistema organizacional, sustentando a geração de valor real, sustentável e multistakeholder — para clientes, colaboradores, investidores, parceiros, governo, sociedade, meio ambiente e academia.

Dos Efeitos Sistêmicos aos Eixos Práticos da Gestão Evolucionária

O Modelo de Gestão Evolucionária da Agile Business Ownership parte de uma reorganização crítica dos elementos essenciais da gestão organizacional para sustentar, de forma contínua, a geração de valor em ecossistemas cada vez mais dinâmicos e interdependentes.

Nessa nova lógica, elementos como Cultura, Liderança e Governança deixam de ser vistos como pontos de partida isolados ou camadas periféricas. Passam a ser compreendidos como efeitos sistêmicos de uma prática gerencial coerente, que conecta propósito, estratégia e execução em ciclos vivos de descoberta e entrega de valor.

A cultura organizacional desejada — voltada ao crescimento sustentável, à inovação e à geração de valor para todas as partes interessadas — é consequência direta da forma como a organização pensa e pratica sua gestão. Do mesmo modo, a liderança deixa de ser apenas um atributo pessoal e passa a ser uma competência sistêmica, que sustenta e inspira a evolução do negócio. Por isso, aprofundaremos o tema da Liderança Evolucionária no próximo componente deste framework.

Para colocar essa visão em prática, organizamos 14 premissas essenciais distribuídas em três Eixos Práticos da Gestão Evolucionária. São eles:

  • Geração de Valor: representa o propósito central da organização — gerar impacto positivo em todo o ecossistema, envolvendo clientes, colaboradores, parceiros, investidores, governo, sociedade, academia e meio ambiente;

  • Descoberta de Valor: representa a capacidade de conceber, direcionar, projetar, estruturar, implementar, monitorar e avaliar continuamente o valor que a organização pretende gerar, por meio de uma gestão estratégica orientada à evolução do negócio;

  • Entrega de Valor: representa a capacidade de tornar esse valor uma realidade, garantindo a evolução organizacional por meio da análise, planejamento, execução, controle e aprendizado de uma gestão ambidestra que equilibra os esforços entre sustentação, crescimento, inovação e transformação do negócio.

Esses eixos formam o fundamento prático da Gestão Evolucionária e serão desdobrados a seguir nas premissas e práticas que compõem cada um deles.

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