Novos modelos de liderança para desenvolver Recursos e Capacidades Organizacionais
Neste artigo, exploraremos como o desenvolvimento de novos recursos pode ser um meio para criar ou evoluir capacidades organizacionais e como essas mudanças impulsionam novos tipos de liderança e gestão, visando alcançar os resultados de negócios da organização. Na ABO Academy, acreditamos que a adoção da Agilidade de Negócios deve começar pela alta gestão, alinhada com os resultados de negócio da visão estratégica da organização. Esses resultados devem refletir o propósito da empresa e considerar todas as partes interessadas do ecossistema organizacional.
O modelo PuRe CaRe (Purpose, Results, Capabilities, and Resources), desenvolvido por Luiz Parzianello, utiliza o princípio de causa e efeito do Balanced Scorecard (BSC), mas com uma perspectiva ampliada, adequada para a Nova Economia Digital. Este modelo estratégico estimula a visão sistêmica e a ambidestria organizacional, simplificando a execução da estratégia com Propósito Transformador (Pu), Resultados Alavancados (Re), Capacidades Dinâmicas (Ca) e Recursos Habilitadores (Re).
Para atingir os resultados de negócios definidos, é comum as organizações criarem objetivos estratégicos. No entanto, muitas vezes esses objetivos são estruturados como uma lista de atividades focadas em entregas, o que desvia a atenção dos resultados (outcomes) para as entregas (outputs). O PuRe CaRe inicia pelo alinhamento entre Propósito e Resultados, buscando a coerência entre o ser e o conseguir. Para atender às capacidades organizacionais, é preciso avaliar se elas já existem, precisam ser aprimoradas ou desenvolvidas, e em seguida, disponibilizar os recursos necessários para configurar o ambiente adequado aos resultados desejados.
Muitas empresas que constroem suas estruturas de governança tática e operacional presas em um voo cego, onde as lideranças seguem seus paradigmas operacionais, aumentam o hiato entre negócios e operações, acentuando a falta de sinergia entre a alta gestão e as equipes. Normalmente nas consultorias que participo ou em conversas em grupos de estudo, as discussões ficam na análise sobre quais métodos e frameworks devem ser aplicados, nos problemas com silos entre áreas, na resistência à mudanças e sabotagens das transformações implementadas, porém raramente ouço sobre o resultado de negócios a ser atingido e os objetivos estratégicos definidos, quando surgem são muito superficiais, algo de segundo plano.
Líderes eficazes precisam compreender claramente os objetivos organizacionais e ter competências sólidas em gestão de pessoas e análise de contextos. É crucial que alinhem as expectativas das partes interessadas com os resultados empresariais desejados, agindo como agentes propulsores da Agilidade de Negócios. Isso envolve transmutar a agilidade em um modelo operacional que incorpore a ambidestria organizacional, garantindo tanto o sucesso imediato quanto a sustentabilidade a longo prazo da organização.
Consultor, mentor, autor, palestrante e professor com mais de 25 anos de experiência em gestão corporativa e gerenciamento de projetos. Especializado em agilidade de negócios, gestão enxuta de portfólio e agilidade de equipe, ele tem como objetivo auxiliar pessoas e organizações a alcançarem seus resultados estratégicos por meio de um ecossistema colaborativo, onde a liderança em todos os níveis da corporação impulsiona a alta performance.
Comentários